Após forte queda das última semanas, soja opera em alta nesta 2ª
O mercado internacional da soja avança na sessão regular desta segunda-feira (6) na Bolsa de Chicago. Segundo explicou Eduardo Vanin, analista da Agrinvest, o mercado parece ter dado uma pausa nas intensas perdas registradas na semana anterior, quando o mercado operou com perdas de mais de 20 pontos. Assim, por volta das 13h (horário de Brasília), os ganhos dos contratos mais negociados variavam entre 3,25 e 7,75 pontos.
Os preços dão continuidade ao movimento de recuperação iniciado na última sexta-feira, depois de o mercado ter sido pressionado pelas condições de clima favoráveis na América do Sul. As últimas semanas foram de chuvas volumosas e regulares em importantes regiões produtoras da Argentina do Brasil e reduziram as preocupações com a estiagem dos últimos dias, reforçando as expectativas de safras recordes.
No entanto, a escassez de soja nos Estados Unidos contribui para essa correção dos preços. Os estoques locais da oleaginosa estão em níveis muito baixos e o volume estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para as exportações do atual ano comercial já foi superado. “Se estimava uma exportação total em 40,150 milhões de toneladas e já chegamos a perto de 41 milhões”, explica Vanin.
Frente a isso, o analista acredita que mais adiante os Estados Unidos enfrentarão a necessidade de importar soja sulamericana para cumprir seus compromissos. A partir de abril, os basis (prêmios norte-americanos) deverão subir em função da competição interna entre o esmagador e o exportador e, nesse momento, a soja norte-americana deve perder competitividade em relação à sulamericana “e podemos ver volumes sendo exportados daqui da América do Sul para os Estados unidos”, explica o analista.
Nessa semana ainda, os investidores voltam suas atenções para o relatório mensal de oferta e demanda que o USDA divulga na sexta-feira (10), o que também deixa o mercado em compasso de espera e mais na defensiva, limitando o alcance dos movimentos tanto negativos quanto positivos.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
