A semana começa de forma lateral, com leve alta em alguns contratos, mas sem definições no mercado da soja na Bolsa de Chicago. Principal variável é o impacto do clima Sul-Americano no mercado. Na semana passada, o mercado perdeu parte do prêmio climático por conta das chuvas nas regiões produtoras da Argentina, Paraguai e também no sul do Brasil. Agora, mercado caminha acompanhando o desenvolvimento do clima nos próximos dias. É o que afirmou o consultor Flávio França Jr., da Safras & Mercado, em entrevista para a segunda edição do Mercado & Cia., do Canal Rural.

A proximidade da confirmação de uma safra cheia sul-americana também traz um pouco de cautela ao mercado, em contrapartida com o bom fluxo de demanda, principalmente dos Estados Unidos, que ainda é o principal fator de suporte para os preços, já que falta soja no país e quase todo o volume estimado para exportação peloUSDA já está comprometido.

Na próxima sexta-feira (10), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga seus relatórios de estoques trimestrais e de oferta e demanda, que devem trazer números de safra um pouco maiores do que em novembro, último mês no qual os levantamentos foram feitos, o que pode ajudar a pressionar o mercado a curto prazo.

Segundo o analista, não há sinal de alteração no perfil de firme demanda para a temporada 2014. Ásia e União Europeia permanecem enquanto grandes compradores, principalmente a China, com destaque no mercado mundial. Volume de compras de janeiro permanece positivo acompanhado dos prognósticos de crescimento da economia mundial próximo dos 3,5%.

Após um ano de safra recorde, os produtores de milho encontram em 2014 uma área dentro da normalidade. Produtividade caminha bem e a oferta menor deve amenizar a pressão sobre os preços. “Não dá para chamar de cenário altista, mas é bem menos pessimista do que o segundo semestre do ano passado”, disse França.

Fonte: Notícias Agrícolas // Sérgio Braga // Izadora Pimenta

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