Criadores de São Paulo aproveitam o preço alto da arroba do boi para fechar negócios. A expectativa do mercado é que setor continue aquecido.

Em uma propriedade em Irapuã, região noroeste de São Paulo, Fernando Costa cria mais de 2,4 mil cabeças de gado. O pecuarista trabalha contente. Há mais de 30 anos na pecuária, ele diz que essa é uma das melhores fases que o mercado brasileiro já viveu.

Desde a semana passada, Fernando negocia a arroba por R$ 120. O boi é vendido para frigoríficos paulistas, que exportam quase a metade da produção para países europeus. O restante abastece a demanda interna, que também está em alta. “A população está consumindo mais e as exportações estão bem consistentes por causa da valorização do real em relação ao dólar”, diz.

Além da exportação e do consumo interno aquecidos, no interior paulista, a estiagem também favoreceu a alta no preço da arroba. A falta de chuva nos últimos meses deixou os pastos secos demais e com menos alimento disponível, os bois acabam demorando mais tempo para atingir o peso ideal para o abate. O resultado é uma oferta menor de animais prontos, o que acaba elevando os preços.

Diogo de Castilho tem 6 mil cabeças de gado e está recebendo R$ 122 pela arroba. Para aproveitar o bom momento, ele já fechou contratos de venda até maio.

De acordo o Centro de Economia Aplicada da USP (Cepea), desde junho do ano passado, o valor da arroba vem se mantendo acima dos R$ 100.

O Brasil está na expectativa de vender carne in natura para os Estados Unidos e, se isso acontecer, a arroba pode subir ainda mais. “Se os EUA aprovarem a transação, o Brasil passa para a faixa do mercado americano da cotação, que está na faixa dos US$ 90. Além disso, poderemos buscar novos mercados para exportação, que também têm patamar de preços mais altos”, explica Luiz Teixeira, analista de mercado.

 

Fonte:Globo Rural

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