Demanda chinesa e aumento do consumo de ração nos EUA sustentam preço da soja
Após um período de mercado com tendência baixista, no final do ano, o mercado da soja volta a se recuperar e atingir preços mais altos. Segundo Steve Cachia, consultor da Cerealpar, as primeiras notícias do ano confirmam a continuação da forte demanda pela oleaginosa.
“Temos a demanda firme, não só da China, mas também no mercado de ração, em função do frio intenso que está atingindo o Meio-Oeste americano… O mercado de farelo de soja e de milho estão com maior demanda, já que o setor de pecuária está consumindo um volume maior de ração, para manter o gado”, explica o consultor.
O fator de pressão dos preços, segundo Cachia, fica pela expectativa de uma safra recorde do Brasil, Argentina e Paraguai.
Mas mesmo diante de uma maior oferta no mercado, as compras chinesas seguram os preços da oleaginosa. “Hoje mesmo o governo americano anunciou uma compra de 350 mil toneladas de soja pela China… E sabemos que logo teremos a disponibilidade de safra do Brasil, ou seja, a China continua comprando de modo bastante agressivo, pela necessidade da demanda interna”.
Cachia explica também que a China precisa garantir seu abastecimento, por isso compra a soja norte-americana, protegendo-se de problemas futuros na entrega da soja brasileira. “Eles estão se protegendo de alguma questão de logística por parte do Brasil, buscando soja americana”.
Fonte: Notícias Agrícolas
