A soja opera em alta nesta segunda-feira (9) na Bolsa de Chicago. Ainda sem novidades, o mercado encontra forças para continuar avançado na aquecida e firme demanda mundial pela oleaginosa. Os avanços de hoje já permitiram até mesmo que o vencimento maio/14, referência para a safra brasileira, retomasse o patamar dos US$ 13 por bushel.

A única origem com soja disponível nesse momento é os Estados Unidos, onde os estoques estão cada vez mais apertados, dado o acelerado ritmo em que acontecem as exportações norte-americanas. No entanto, esse cenário já é conhecido pelo mercado e, por isso, segundo explicam analistas, as altas não são mais expressivas.

Nesta terça-feira (10), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga mais um relatório mensal de oferta e demanda, o que também deixa os investidores mais na defensiva à espera de novidades. As expectativas para esse boletim, de acordo com o consultor de mercado Flávio França Jr., são de novas de informações mais relacionadas ao consumo e exportações dos EUA do que com o volume a ser produzido.

O consultor acredita que o departamento deverá trazer um reajuste para cima no número de exportações do país, uma vez que, do total estimado de 39,5 milhões de toneladas, 37,5 milhões de toneladas de soja já estão comprometidas, mais de 94% do total.

Além disso, França diz ainda que o USDA poderia rever para cima também seus números para a safra da América do Sul, principalmente Brasil e Argentina. Até o momento, como explicou, as condições climáticas são bastante favoráveis, “apesar de alguns bolsões de problemas localizados”, e as lavouras se desenvolvem bem, porém, os números do órgão, para o consultor, ainda são conservadores.

Essas incertezas sobre a safra sulamericana são outro fator que mantém o mercado se movimentando de lado em Chicago. Se de uma lado há uma estímulo por conta da agressiva demanda global pela commodity, essas boas expectativas para a produção sulamericana acabam limitando as altas ou até mesmo exercendo uma pontual pressão negativa nos preços, explicou França.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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