Mercado do boi firme e com perspectiva de maiores altas.

Por:Fernando Fabris

A referência hoje de compra por parte dos frigoríficos grandes em SP é em torno de R$114,00 a vista, já os frigoríficos de menor porte estão pagando entre R$117,00 e R$118,00 a vista e com escalas curtas entre 3 e 5 dias no máximo.

O grande vilão dessa alta tem sido a oferta que realmente não tem aparecido, consequência de muitas variáveis como mostra os dados de abate recorde de 2013 no MT (6,04 milhões de cabeças), 45,78% do total de bovinos que preencheram a linha de matança foram fêmeas – é o terceiro ano consecutivo na casa dos 45,00%,além disso temos a mudança de cultura onde muitas fazendas de pecuária foram pra cana(hoje muita gente querendo voltar pra pecuário com muitas usinas quebrando e pessoal tento muita dor de cabeça), mas pra encerrar esse assunto a verdade é que além desse abate elevado de fêmeas os dados do rebanho bovino do Brasil são muito especulados e pouco confiáveis.

E com todas essas variáveis positivas para o boi o ano 2013 ainda foi um ano recorde de exportações para carne bovina atingindo o valor recorde de 6,6 bilhões de dólares, alta de 13,9 por cento ante o ano anterior, e um volume de 1,5 milhão de toneladas, 19,4 por cento a mais que em 2012 segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Agora começamos 2014 com possibilidades de abertura de mercados como EUA,CHINA e alguns países como IRÃ que já voltou a comprar do país e outros que vem aumentando suas compras como HONG KONG que registrou dados significativos em 2013 ,aumentando  75 por cento em receita e 63 por cento em volume, representando  24 por cento do volume total exportado pelas empresas brasileiras –em receita, a fatia foi de 21,8 por cento,tirando a liderança da RÚSSIA.

Concomitantemente países como EUA e AUSTRÁLIA vem sofrendo com os anos a diminuição do seu rebanho e muito prejudicados pela instabilidade do clima, desde de o ano passado a Austrália passa por uma onda de calor que afetada o centro e o norte  do país, prejudicando ainda mais criadores de gado – com temperaturas com máximas de 48 Graus Celsius  o centro-oeste de Queensland que abriga 50% do rebanho nacional tem sido devastado pelo calor.

Agora o Brasil começa o ano com clima adverso  e a seca já preocupa até o fornecimento de água e energia do país, por mais que os políticos Petistas tentem não mostrar instabilidade em ano de eleição,estamos passando por um momento conturbado, com inflação alta, dólar em escala de alta e problemas climáticos que vão contribuir para piorar esses índices.

Mas olhando para todo esse cenário o que podemos avaliar é um ano que promete ser bom para pecuária brasileira e que virá pra trazer um alento para esse setor que vem sofrendo a anos com preços manipulados e amargando margens baixas.

 

O mercado futuro já indica um outubro próximo a R$122,50, mas olhando para todos essas variáveis como abate de matrizes,exportação crescente,abertura de novos mercados,copa do mundo no Brasil,dólar em alta,podemos acreditar que existe um espaço para altas significativas para o mercado do boi ainda esse ano.

 

Fonte Agros Investimentos

 

 

 

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