As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o dia com leves altas. Ao longo das negociações, as principais posições da commodity reverteram as perdas e terminaram a sessão com ganhos entre 5,25 e 1,75 pontos. O vencimento maio/14 encerrou cotado a US$ 5,01, valorização de 0,35% em relação ao último pregão.

Nesta sexta-feira (4), os preços futuros foram sustentados pelos fundamentos que ainda permanecem positivos. De acordo com a analista em agronegócio da Céleres Consultoria, Aline Ferro, a demanda internacional pelo milho norte-americano continua aquecida.
USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta quinta-feira que as exportações semanais somaram 960.600 toneladas até a semana encerrada no dia 27 de março.  “Além disso, os investidores acreditam que a área cultivada com o milho na safra 2014/15 nos EUA possa apresentar um recuo ainda maior do que o anunciado pelo USDA, de 37,11 milhões de hectares”, explica Aline.

Para compor o cenário, com o início do plantio nos EUA, as especulações sobre o clima no país começam a ganhar força. Ainda na visão da consultora, esse é um dos principais fatores que deverão exercer influência nos preços em Chicago. Caso as previsões climáticas não sejam favoráveis, poderá prejudicar o avanço do plantio do milho norte-americano.

O clima na América do Sul também é observado pelos investidores. No Brasil, a safra de milho verão apresentou uma perda na produtividade das lavouras, em função da falta de chuvas e altas temperaturas. A safrinha também enfrentou problemas e boa parte da safra foi cultivada fora da janela ideal. Já na Argentina, a expectativa é que haja uma redução de 11% na safra, segundo informações divulgadas pela Bolsa de Cereais.

BMF&Bovespa

Os futuros do milho na BMF&Bovespa operam com ligeiros ganhos nesta sexta-feira. As altas são decorrentes da valorização do dólar, assim como, as perdas na safra de verão e a incógnita da safrinha brasileira.

Na contramão desse quadro, no mercado interno a comercialização da safra segue mais lenta. O levantamento da Scot Consultoria apontou que, os preços baixaram durante o mês de março devido o avanço da colheita e o término da semeadura da safrinha em importantes regiões produtoras.

E, no momento, os produtores estão voltados para a comercialização da soja. Diante dessa situação, as vendas do milho estão travadas no país, uma vez que os produtores estão capitalizados e seguram o grão à espera de preços melhores. Ainda assim, a médio e longo prazo, o recuo na área cultivada no Brasil e uma possível redução na safra norte-americana ainda são fatores positivos aos preços.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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