Após três sessões em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho terminaram o pregão desta segunda-feira (7) com leves quedas. As principais posições da commodity exibiram perdas entre 1,25 e 2,50 pontos, mas se mantiveram acima do patamar de US$ 5,00 por bushel. O vencimento maio/14 encerrou o dia cotado a US$ 4,99 por bushel, recuo de 0,5% em relação á última sexta-feira (4). Desde o início do ano, as cotações já subiram 18% e na semana anterior alcançou o patamar de US$ 5,12 por bushel, maior nível desde julho do ano anterior.

As previsões climáticas indicando para um clima mais quente em partes do Meio Oeste norte-americano na semana, situação que pode favorecer o plantio do grão no país, pressionaram negativamente as cotações futuras. De acordo com informações divulgadas pela agência internacional Bloomberg, as temperaturas devem subir no Centro-Oeste dos EUA a partir do meio dessa semana e as chuvas diminuírem, favorecendo a semeadura do milho em várias localidades antes da retomada das precipitações no final de semana.

Em contrapartida, os fundamentos permanecem positivos ao mercado de milho e como fator de suporte aos preços, as vendas semanais do país totalizaram 1.310,564 toneladas na semana encerrada no dia 4 de abril, segundo dados divulgados peloUSDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na última semana, o número anunciado pelo órgão foi de 1.335,029 toneladas (número revisado).

Ambos demonstram que a demanda pelo produto norte-americano está firme e estão bem acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 267.851 toneladas. Até o momento, no acumulado no ano safra, que teve início em 1º de setembro, as vendas somam 23.721,666 toneladas, frente as 11.251,804 milhões de toneladas obtidas no acumulado no ano safra anterior.

Paralelo a esse cenário, os investidores também já se preparam para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (9). Segundo o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, caso os dados do departamento sejam mais consistentes e demonstrem as perdas na safra brasileira, em função do clima adverso, os preços têm fôlego para apresentar nova valorização. “Ainda assim, as cotações devem ficar próximas de US$ 5,00 por bushel”, afirma.

BMF&Bovespa

As posições do milho negociadas na BMF&Bovespa trabalham em campo misto nesta segunda-feira (7). O vencimento maio/14 era negociado a R$ 31,66, desvalorização de 0,44%. Segundo analistas, a evolução da colheita da safra de verão e o término do plantio da safrinha pressionam as cotações futuras.

E diante das incertezas em relação à segunda safra de milho, a negociação da safra brasileira segue em ritmo lento. Ainda de acordo com Ribeiro, a comercialização da safrinha está bem inferior se comparada aos anos anteriores. Além disso, a expectativa é que a segunda safra seja menor, uma vez que, houve uma redução na área cultivada nesta safra.

Apesar do cenário, a tendência é que os produtores ainda tenham boas oportunidades para negociar a produção de milho. “Situação decorrente da redução da área semeada com o milho nos EUA na safra 2014/15, principalmente nos meses de setembro e outubro”, finaliza o analista.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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