A ausência de chuvas e o calor intenso permanecem sendo os principais fatores de suporte aos preços do milho no mercado brasileiro. Em importantes regiões, o clima seco comprometeu a produtividade das lavouras e também afeta o avanço do plantio da safrinha. Apesar do retorno das chuvas em algumas localidades, neste final de semana, as precipitações ainda foram esparsas e em volumes insuficientes.

Em São Paulo, as chuvas ficaram abaixo do esperado, fator que tem alavancado os preços do cereal no mercado paulista, que nesta segunda-feira (17) chegou a R$ 33,00. Nas regiões Oeste e Norte do Paraná, as lavouras plantadas em janeiro terão que ser replantadas, uma vez que as precipitações foram insuficientes para germinar o grão.

De acordo com o analista de mercado da Safras&Mercado, Paulo Molinari, o estado de Minas Gerais deve apresentar a maior quebra na safra de verão este ano. Em Goiás, a situação é bastante séria e também preocupa os produtores. Em contrapartida, em Mato Grosso, as chuvas favorecem a semeadura do grão, porém a área cultivada com a safrinha deve apresentar uma redução em função dos preços mais baixos registrados ano passado.

A estimativa da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) é que a produção de milho brasileira alcance 75.465 milhões de toneladas, entre a primeira safra e a safrinha. Número que deverá ser revisado devido às quebras com o clima seco. E, com a menor disponibilidade de produto e a demanda aquecida, a tendência é de preços mais altos.

Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, em algumas regiões, as cotações estão de 30% a 40% mais altas do que estiveram no pico da entressafra. “A questão climática mudou todo o quadro. E as indústrias irão lutar para manter o milho aqui no país”, explica.

Para compor o cenário positivo, os estoques do Governo estão mais baixos, em torno de 1,8 milhão de toneladas, mas no total, entre estoques públicos e privados, o número seria de quase 8 milhões de toneladas. “Volume que ainda tem limitado maiores valorizações nos preços do cereal”, conforme relata o zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro.

Nesta terça-feira (18), as principais posições do milho negociadas na BM&FBovespa registram pequenas oscilações e operam próximas da estabilidade. Por volta das 14h05 (horário de Brasília), o contrato março/14 é cotado a R$ 31,65, com baixa de -0,38%. Na Bolsa de Chicago, os futuros da commodity também exibem leves ganhos, entre 2,75 e 3,00 pontos.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

CONHEÇA OS PRODUTOS QUE TEMOS PARA VOCÊ