Preço das carnes nos EUA: tendência de valores recordes em 2014
| Com um plantel de bovinos reduzido nos últimos anos e por ora ainda em recomposição e a produção de suínos profundamente afetada pelo vírus da Diarreia Suína Epidêmica (PEDv), o preço das carnes nos EUA tende a atingir valores recordes no decorrer de 2014. Isso inclui também a carne de frango – que mantém um ciclo normal de produção e deve registrar aumento de volume próximo de 2%.
Nas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as maiores altas estão reservadas para a carne bovina, cujo preço pode aumentar até 20% em relação a 2013. Para a carne suína é previsto incremento de até 17%, enquanto a projeção para a carne de frango é de um aumento entre 0,3% e 4,3%. Notar, entretanto, que após recuos em 2009 e 2011, a carne de frango teve dois anos com resultados positivos e altas significativas. Assim, considerada a média das previsões para 2014, os aumentos acumulados no espaço de três anos podem ficar próximos de 30% – um desempenho nada desprezível. A ressalvar, ainda, que as estimativas de preço datam de março passado – ou seja, podem ser superadas. Essa possibilidade, aliás, fica bem clara ao analisarem-se as projeções para o corrente trimestre (abril/junho de 2014). Pois ao mesmo tempo em que prevê para o frango inteiro preço médio anual variando entre 100 e 104 centavos de dólar por libra-peso(cerca de US$2,25/kg), o USDA aponta para este trimestre valores que variam entre 103 e 107 centavos de dólar por libra e que, portanto, já superam a média anual prevista. Naturalmente, entre os três segmentos produtores de carnes, o único capaz de responder rapidamente a uma demanda maior é a avicultura. Mas analistas antecipam que dificilmente a produção norte-americana de carne de frango irá muito além do volume já previsto para 2014, especialmente porque o plantel de reprodutoras é restrito. Isso, em última instância, deve favorecer as exportações brasileiras de carne de frango. Porque, zelosa no atendimento de seu mercado interno, a avicultura norte-americana tende a ser menos agressiva no mercado externo.
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| Fonte (AviSite) |
