Em Goiás, o clima tem sido favorável ao desenvolvimento das plantações de soja. Nos últimos 20 dias, as chuvas têm aparecido nas principais regiões produtores do estado. A ausência de precipitações no início do plantio preocupou os produtores rurais goianos, inclusive, as lavouras tiveram o stand prejudicado.
Entretanto, segundo o produtor rural de Jataí, Mozart Carvalho de Assis, a situação não deve afetar a produtividade das plantas. Nesta safra, a expectativa é que sejam colhidas, em média, 55 sacas de soja por hectare, porém, em algumas áreas novas o número deve girar em torno de 40 a 45 sacas por hectare.
“Com o uso de tecnologia, adubação mais adequada para cada região, variedade mais adaptadas, de uns anos para cá, temos conseguido aumentar a produtividade. O pessoal tem investido em maquinário também, então a tendência é melhorar o rendimento das lavouras, se o clima ajudar”, destaca Carvalho.
Paralelo a esse cenário, mais da metade da safra já comercializada antecipadamente. Em 2012, o número era maior, mas os produtores estão mais cautelosos esse ano, já que os preços no balcão são maiores do que os no mercado futuro. “Pessoal fica receoso em fazer o travamento”, afirma o produtor.
Já em relação à Helicoverpa, os agricultores têm conseguido fazer o controle da praga este ano. Além disso, o Mapa decretou estado de emergência fitossanitária no estado devido ao ataque da lagarta. Contudo, o sentimento dos produtores é que o benzoato de emamectina não chegue a tempo para ser utilizado nas lavouras de soja, já que o processo de importação do produto é burocrático.
Diante desse cenário, a orientação é que os produtores permaneçam monitorando as lavouras de soja.