Em algumas microrregiões de Rio Brilhante (MS), as lavouras de soja sofrem com o tempo mais seco e as temperaturas elevadas, em torno de 39ºC. As chuvas não aparecem em algumas localidades há mais de 30 dias. Com isso, as plantas começam a abortar as vagens e as perdas na produtividade podem ultrapassar 20%.
A situação tende a se agravar, caso não haja precipitações expressivas nos próximos 10 dias, conforme destaca o produtor rural, Eurípedes Mario Dutra. E, mesmo com as chuvas, algumas lavouras não devem recuperar totalmente e irão apenas estabilizar as perdas. Em contrapartida, as plantações que recebem chuvas apresentam boas condições.
“Quem estava esperando colher, em média, 60 sacas de soja por hectare irá produzir 45 sacas. Então, já perdeu esses 20%, com as chuvas o prejuízo pode estabilizar, mas recuperar o que perdeu é bem difícil”, explica o produtor.
Por outro lado, o clima mais seco também prejudica as aplicações nas lavouras contra a Helicoverpa. Os agricultores têm feito aplicações noturnas e no início da manhã. Essa é uma realidade que também se repete em outras cidades próximas, como Maracaju, Sidrolândia, Naviraí, Amambaí e Ponta Porã.
Em relação às vendas, Dutra ainda sinaliza que, frente a essa situação os produtores estão cautelosos nas negociações da produção de soja. Até o momento, pouco mais de 35% da safra já foi comercializada antecipadamente.