Nesta quarta-feira (18), o mercado da soja continua sendo marcado pela volatilidade, mas ainda trabalha com movimentos pouco expressivos. Por volta das 8h (horário de Brasília), durante o pregão eletrônico, os preços dos principais vencimentos subiam entre 2,25 e 3,75 pontos, porém, mais cedo, a commodity atuava em campo misto.

As cotações ainda são impactadas, de um lado, pela influência positiva dos fundamentos favoráveis à uma alta, com a demanda bastante aquecida e estoques em níveis críticos nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as boas expectativas para a safra da América do Sul e o clima, em linhas gerais, adequado para o desenvolvimento das lavouras pressiona o mercado.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (17):

Com aperto entre a oferta e demanda, soja fecha o dia em alta

Na sessão regular desta terça-feira (17), o fechamento foi positivo para o mercado da soja. As posições mais negociadas da commodity passaram por um pregão de intensa volatilidade e, depois de oscilar entre os dois lados da tabela, encerrou os dias com ganhos entre 8,75 e 9,50 pontos. O contrato maio/14, referência para asafra brasileira, fechou os negócios valendo US$ 13,17 por bushel, com alta de 9 pontos.

A força para a reação do mercado veio dos fundamentos. A demanda segue muito aquecida frente a estoques extremamente apertados nos Estados Unidos, país que é o único, neste momento, com soja disponível. Do total projetado pelo USDA(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para exportação, 98% já estão comprometidos.

Por outro lado, as boas expectativas para a safra da América do Sul, com um aumento da pressão de oferta, pesam sobre o mercado. Previsões climáticas indicam que boas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina. No atual momento, porém, importantes regiões produtoras em ambos os países têm sofrido com o calor excessivo e a falta de chuvas.

Assim, com a atuação de duas frentes, o mercado se mantém volátil e, portanto, sem força para subir e romper importantes patamares de preços como os US$ 13,50 por bushel, por exemplo, e, ao mesmo tempo, tem suas baixas limitadas diante desse quadro fundamental ainda muito positivo.

Com esse cenário de volatilidade, o mercado faz ainda com que os produtores, principalmente os da América do Sul, fiquem fora dos negócios, aguardando por melhores oportunidades de comercialização. “Os produtores da América do Sul dão sinal de que se o mercado recuar, ele não vende. E o mercado internacional está observando isso e sabe que se as cotações caírem muito o mercado não terá oferta de soja suficiente para atender a demanda forte que vem pela frente. 2014, com certeza, será o ano da carne no mercado mundial e haverá uma demanda maior para a produção de ração”, explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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