No pregão noturno desta segunda-feira(23) a soja em Chicago opera com leves altas com investidores de olho nas condições climáticas na Argentina.

O clima quente e seco em algumas regiões daquele país pode comprometer as expectativas de uma safra cheia na América do Sul.

Com os baixos estoques do grão nos EUA, o foco da oferta se volta para Brasil, Argentina e Paraguai e qualquer problema que possa reduzir, mesmo que de forma mínima, a produção sulamericana, será observado e precificado pelo mercado.

Por volta das 11h o pregão noturno registrava altas entre 1 e 2 pontos nos primeiros vencimentos e voltou a buscar a marca dos US$13,50/bushel . Janeiro/14 US$13,41 , Março US$13,33 e Maio US$13,17 .

Na sessão regular da última sexta-feira (20), a soja fechou os negócios na Bolsa de Chicago com boas altas. As posições mais negociadas  encerraram o dia com ganhos entre 8,25 e 12 pontos.

O cenário positivo de fundamentos de oferta e demanda ainda é o principal fator de sustentação para as cotações no mercado internacional, principalmente por conta dos estoques muito baixos nos Estados Unidos.

Paralelamente, o clima mais quente e seco na Argetina também completam o momento positivo para os preços.

O calor forte no país tem provocado a redução dos níveis de umidade no solo de importantes regiões produtoras, condições que poderiam comprometer a boa produtividade da nova safra.

Em alguns locais do Paraguai e do sul do Brasil, a situação se repete.

De acordo com informações da agência internacional Bloomberg, uma onda de alta pressão deve manter os campos secos na faixa que se estende de Buenos Aires até o Mato Grosso do Sul nos próximos 10 dias, aumentando o déficit de umidade nas áreas já registraram poucas chuvas nas últimas duas semanas, segundo o serviço meteorológico T-Storm Weather LLC.

As temperaturas podem atingir os 38ºC na Argentina no Natal, amentando a pressão sobre as safras.

Segundo analistas, diante disso, os produtores deverão ficar mais retraídos nas vendas, à espera de preços ainda mais remuneradores e de melhores oportunidades de venda.

Assim, a pressão da oferta será menor e os preços podem encontrar mais um fator de alta.

Para Ênio Fernandes, consultor em agronegócio, os produtores brasileiros têm, agora, que se manter atentos ao comportamento do mercado com muita atenção, fazer suas contas e acompanhar ainda a movimentação do dólar.

Além disso, têm que ainda acompanhar o comportamento do clima na América do Sul, uma vez que, mesmo momentos de alta volatilidade podem criar bons cenários de vendas.

 

Fonte:Notícias Agricolas

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