A soja dá continuidade ao movimento positivo na Bolsa de Chicago e, no pregão eletrônico desta terça-feira (14), os principais contratos registravam leves altas, por volta das 7h50 (horário de Brasília). A posição maio/14, referência para a safra brasileira, subia 2,25 pontos, cotado a US$ 12,76/bushel.

A demanda segue como foco principal dos investidores no mercado internacional. “A demanda chinesa continua dando suporte aos preços altos. Alguns acreditam que as compras chinesas nos Estados Unidos possam ser reduzidas, para que mais importações, a preços menores, sejam feitas no Brasil”, disse um analista internacional à agência internacional Bloomberg.

No entanto, para Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar, esse movimento de troca de origens não deve acontecer já que os chineses necessitam de ambas as fontes de oferta, além de ter de garantir seus estoques. E as incertezas sobre a eficiência do escoamento da safra brasileira também contribuem para isso.

Milho – Na manhã de hoje, os futuros do milho registram ligeira queda. O mercado recua depois de fortes altas da última sexta-feira (10) e dos pequenos ganhos registrados no pregão de ontem, quando os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxeram menores estoques e uma produção também menor nos Estados Unidos.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Com demanda muito forte, soja fecha o dia com bons ganhos

Na sessão regular desta segunda-feira (13), os futuros da soja fecharam com expressivas altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. O contrato janeiro valendo US$ 13,26 por bushel, com alta de 23 pontos. Os demais contratos subiram mais de 14 pontos e o maio/14, referência para a safra a US$ 12,74. A demanda é o foco do mercado e o mais importante fator que estimula o avanço dos preços, segundo os analistas.

Nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de mais 140 mil toneladas de soja para destinos não revelados, que acredita-se ser para a China, e a informação confirma a continuidade de uma procura ainda muito intensa pela pouca oleaginosa disponível nos Estados Unidos.

Paralelamente, os embarques semanais de soja dos EUA somaram 1,62 milhão de toneladas na semana que terminou no dia 9 de janeiro, contra 1,6 milhão da semana anterior. O volume, além de representar um aumento semanal, ficou também acima das expectativas do mercado, que variavam de 1,22 a 1,36 milhão de toneladas.

Para Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, essas foram informações importantes para o mercado nesta segunda-feira, que permitiram os ganhos expressivos neste pregão. “A China continua muito ativa na demanda, tanto nas compras quanto nos embarques e o consumo registrado nos Estados Unidos é recorde” disse.

Analistas afirmam ainda que os últimos números trazidos pelo relatório do USDA também contribuem para esse suporte dos preços. Os estoques finais foram mantidos em 4,08 milhões de toneladas nos EUA e, como explicou Steve Cachia, consultor da Cerealpar, são níveis de estoques historica e preocupantemente baixos. “O mercado da soja é, sem dúvida, o menos fraco nesse momento e o mais forte no médio prazo”, diz o consultor.

Comercialização – Nesta segunda-feira (13), com o recuo do dólar, as cotações da soja registraram uma ligeira desvalorização no mercado interno brasileiro. Os negócios ainda seguem se desenvolvendo em um ritmo mais lento, com apenas pequenos lotes sendo comercializados.

No entanto, assim como o mercado internacional ainda é forte e tem tendência positiva, os analistas acreditam que, mais adiante, os produtores brasileiros encontrarão boas oportunidades para vender sua soja.

“Com Chicago se mantendo nos mesmos patamares e tendência de melhora e a taxa de câmbio nos atuais níveis, isso está ajudando a manter os preços da soja no mercado brasileiro em níveis satisfatórios e isso deve continuar, independentemente da pressão normal da entrada da safra da América do Sul”, diz Cachia.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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