A produção mundial das principais oleaginosas deverá exceder as estimativas para a temporada 2013/14 devido a um aumento na projeção para as safras da América do Sul, informou a Oil World. A colheita, incluindo canola e sementes de girassol, irá totalizar, de acordo com a consultoria alemã, 496,6 milhões de toneladas. O volume supera as estimativas iniciais em 2,2 milhões de toneladas. A produção mundial de soja está projetada em 287,59 milhões de toneladas, com previsões de aumento para as safras do Brasil e da Argentina.

Ainda segundo a Oil World, a produção maior na América do Sul deverá aumentar os estoques globais de soja em 24% em relação ao ano anterior para 78,2 milhões de toneladas no final da temporada 2013/14. Porém, as perspectivas para os estoques dos Estados Unidos foram reduzidos para  4,25 milhões de toneladas, estimativa maior do que a do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 4,08 milhões de toneladas. A Oil World acredita ainda que o ritmo muito acelerado das exportações norte-americanas este ano significam que o país deverá precisar importar soja da América do Sul no final desta temporada para poder cumprir seus compromissos.

As exportações mundiais de soja, de setembro a novembro, foram recordes e atingiram as 28,1 milhões de toneladas, principalmente em função da forte demanda da China, maior importador mundial de soja.

Mercado – “O mercado está dividido entre o apertado balanço entre a oferta e a demanda nos Estados Unidos e as perspectivas de amplos estoques de soja na América do Sul. Os estoques mundiais, portanto, deverão ser grandes”, diz o relatório da Oil World.

Apesar dessas boas perspectivas, os analistas afirmam que o mercado se mantém sustentando nessa demanda agressiva e na situação norte-americana, onde os estoques já se encontram em níveis críticos. Assim, afirmam que o mercado deverá se manter próximo do patamar dos US$ 13,50 por bushel no vencimento março/14 em Chicago.

“Existem muitas situações de escassez no mundo, isso oferece mudanças, rupturas de sistemas, os ciclos já estão prestes a vencer, tudo tem uma maturidade e daqui pra frente é preciso ter muito cuidado. (…) As relações de preços entre os produtos estão muito desajustadas”, explicou o consultor de mercado do SIM Consult, Liones Severo.

Para o consultor, esse é um momento de o produtor observar o mercado, já que em dezembro os preços não devem avançar muito mais e janeiro será um mês de cotações mais fracas. Severo afirma que será preciso também ver como irá se comportar a escassez norte-americana de soja e ainda a relação entre os valores de soja, milho e trigo.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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