A soja opera com expressiva baixa nesta terça-feira (21) na Bolsa de Chicago. O mercado voltou do feriado nos Estados Unidos, na última segunda-feira (20), sem forças. Porém, analistas afirmam que esse é mais um recuo pontual no mercado internacional da oleaginosa.

Apesar dos fundamentos ainda inalterados que mantêm os preços sustentados, os investidores seguem observando alguns fatores que exercem pressão sobre as cotações nesse momento. Como explicou Ênio Fernandes, consultor em agronegócio, a melhora do clima na América do Sul reflete de forma negativa sobre o mercado.

Segundo informações da agência Bloomberg, são esperadas chuvas para as áreas central e sudeste de Buenos Aires, Argentina, nessa semana, aliviano o stress hídrico pelo qual passam as lavouras. Um melhora no cenário climático é esperada também, no meio da semana, para as províncias de Santa Fe e Entre Rios.

“As chuvas irão contribuir para a polinização da safra da Argentina, aumentando as perspectivas de uma boa colheita na América do Sul”, disse uma analista internacional à Bloomberg.

Para o Brasil, de acordo com a Somar Meteorologia, o Mato Grosso deverá receber chuvas esta semana e as condições das lavouras no estado estão, em geral, bastante satisfatórias. Além disso, a colheita no Brasil também tem avançado em algumas áreas do Mato Grosso, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e esse avanço pesa sobre as cotações. “Esse é um movimento normal de início de colheita”, diz Fernandes.

Paralelamente, a proximidade do feriado do ano novo chinês também estimula esse movimento negativo dos preços, uma vez que, por cerca de 15 dias, o mercado da China fica parado e, nesse período, que começa no dia 31 de janeiro, as importações param.

“Essa paralisação do ano novo chinês, uma virada de clima na América do Sul e a pressão inicial de safra promoveu essa queda em Chicago, mas não é nada para assustar o produtor”, afirma o consultor. “Não é uma mudança de tendência e, se houver, poderá ser observado depois desse feriado”, completa.

Apesar dessa baixa, Fernandes mostra que o quadro ainda não permite uma baixa acentuada dos preços da soja. Os estoques estão historicamente baixos nos Estados Unidos, a meta de exportações já foi batida e a demanda mundial, especialmente por parte da China, é crescente e contínua.

As importações de soja da China, em dezembro de 2013, somaram 7,4 milhões de toneladas, registrando um incremento de 25,7% frente ao mesmo período do ano anterior. As compras de óleo, por sua vez, caíram 55,8% no mesmo intervalo de tempo, e ficaram em 89,501 mil toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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