Os últimos números divulgados peloUSDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve os estoques finais norte-americanos em 4,08 milhões de toneladas. Segundo Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar, esses são dados que indicam historicamente apertados frente a uma demanda que, na sua opinião, continuará muito firme. “O mercado da soja é, sem dúvida, o menos fraco nesse momento e o mais forte no médio prazo”, diz o consultor.

Nesta segunda-feira (13), apesar desse cenário de cotações ainda sustentadas, os futuros da oleaginosa iniciaram a semana com pouca movimentação na Bolsa de Chicago, e registrando ligeiras baixas. No entanto, Cachia afirma que essa é apenas uma correção do mercado e reflexo das boas expectativas para a grande safra de soja que está sendo produzida na América do Sul.

Além de manter os estoques finais inalterados, o USDA revisou para cima também as exportações dos Estados Unidos e quase todo o volume estimado para ser exportado já está comprometido. “Com a demanda muito forte, os estoques norte-americanos continuam níveis, até certo ponto, preocupantes, visto o ritmo de exportações dos Estados Unidos (…) Provavelmente, no próximo relatório, o governo vai ter que aumentar as estimativas das exportações norte-americanas e com isso os estoques não terão como subir, continuando ajustados até os próximos meses”, diz Cachia.

Paralelamente, o consultor afirma ainda que não acredita em possíveis cancelamentos de compras da China, ou trocas de origem, uma vez que a nação asiática precisa de ambas fontes de oferta – tanto Estados Unidos quanto América do Sul. Além disso, os importadores se preocupam também com as deficiências logísticas, principalmente no Brasil, que poderiam comprometer seu abastecimento.

Esse quadro, de acordo com o consultor, é responsável por dar suporte, mais efetivamente, aos vencimentos mais próximos, enquanto os de mais longo prazo sentem uma leve pressão das estimativas para a colheita sulamericana, além das perspectivas sobre a área de plantio da nova safra dos Estados Unidos.

Mercado Interno – A força do mercado internacional e mais o bom momento da taxa cambial criam boas condições para os negócios no mercado brasileiro, mesmo com uma pressão sazonal do início da colheita em algumas regiões produtoras.

“Com Chicago se mantendo nos mesmos patamares e tendência de melhora e a taxa de câmbio nos atuais níveis, isso está ajudando a manter os preços da soja no mercado brasileiro em níveis satisfatórios e isso deve continuar, independentemente da pressão normal da entrada da safra da América do Sul”, acredita o consultor.

A comercialização, no entanto, está em um ritmo mais lento do que no ano anterior, mas nas próximas semanas os negócios poderiam se aquecer, segundo Cachia. “Visto o que pode se desenhar para o segundo semestre, eu acredito que seria o momento de o pessoal adiantar um pouco mais a comercialização”.

Fonte: Notícias Agrícolas // 

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