O mercado da soja registra mais uma sessão de movimentos pouco expressivos na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (28). Por volta das 8h (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam pouco mais de 1 ponto e o contrato maio/14, referência para a safra brasileira, valia US$ 12,89 por bushel.
Os negócios continuam acontecendo sem novas informações, com os fundamentos já conhecidos. De um lado, as expectativas de uma safra recorde chegando da América do Sul e causando uma pressão sazonal sobre os preços e, paralelamente, a escassez de soja nos Estados Unidos e a demanda se mantendo bastante firme.
Nesta segunda-feira (27), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou mais um relatório de inspeções de exportações e informou que os embarques semanais somaram mais de 2 milhões de toneladas, enquanto no acumulado do ano comercial, o volume já supera as 30 milhões de toneladas. A projeção do departamento é de que o total de soja exportado pelos EUA some 40,69 milhões de toneladas, meta que já foi há muito batida e o as vendas do país já passam de 41 milhões de toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Embarques de soja dos EUA já superam 30 mi de t e dão suporte ao mercado nesta 2ª feira
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registraram, nesta segunda-feira (27), uma sessão de intensa volatilidade, operando sem direção durante todo o dia. Os primeiros vencimentos fecharam os negócios com leves altas, enquanto os mais distantes recuaram ligeiramente.
No Porto de Rio Grande, a saca da soja disponível registrou uma valorização de 0,86%, ficando em R$ 70,00. Apesar das oscilações em Chicago, o dólar em alta vem mantendo firmes as cotações no mercado brasileiro. Nesta segunda, a moeda norte-americana fechou com alta de mais de 1% e terminou o dia valendo R$ 2,426, com a maior cotação desde 22 de agosto.
Sem novas informações, o mercado continua sendo influenciado pelo quadro apertado de oferta e demanda nos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, pelas expectativas de uma safra recorde na América do Sul, apesar de pontuais adversidades climáticas.
Nos Estados Unidos, a escassez de soja já é conhecida, bem como a intensa velocidade em que acontecem as exportações e os embarques no país. Os estoques norte-americanos já são tidos, segundo analistas, como os menores dos últimos tempos e se encontram em níveis críticos.
Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório de inspeções de exportações e, na semana que terminou no dia 23 janeiro, os embarques de soja somaram 2.009,57 milhões de toneladas, contra 1.541,3 milhão da semana precedente.
No acumulado do ano comercial, os embarques já totalizam mais de 30 milhões de toneladas, enquanto que, na temporada anterior, esse número, na mesma época, era de 25.861,32 milhões de toneladas.
Os números confirmam a intensa demanda pela soja norte-americana, bem como os últimos dados também do USDA sobre as exportações semanais dos EUA da última semana que ficaram em mais de 700 mil toneladas somente da safra 2013/14.
Ao mesmo tempo, o clima na América do Sul e o desenvolvimento das lavouras também chamam atenção dos investidores e traders. No último final de semana, algumas chuvas foram registradas na Argentina, reduzindo as preocupações com o impacto de um calor excessivo e a falta de umidade no país.
Enquanto isso, no Brasil, as expectativas ainda são de uma safra que pode superar as 90 milhões de toneladas, segundo algumas consultorias. No entanto, importantes regiões produtoras do Brasil sofrem com os chamados veranicos, fenômeno que pode se estender até a segunda quinzena de fevereiro, prejudicando a produtividade das plantações. As regiões mais prejudicadas são Oeste da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.