Soja volta do feriado em baixa com chuvas na América do Sul
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em baixa nesta quinta-feira (2), depois do feriado de Ano Novo. Os negócios foram retomados no mercado internacional às 12h30 (horário de Brasília). Às 13h22, as perdas nos principais vencimentos eram de 7,25 a 11,50 pontos. O contrato janeiro/14 valia US$ 13 por bushel e o maio/14, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 12,69.
O que pressiona o mercado, segundo o analista Glauco Monte, da FCStone, são as boas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul. “O clima agora é o principal, e está indo bem, choveu nos últimos dias e é isso que está pressionando o mercado”.
A próxima semana deverá ser de clima mais chuvoso tanto no Brasil quanto na Argentina. De acordo com informações de agências internacionais, chuvas nas províncias de Santa Fe, Entre Rios, nordeste de Buenos Aires e leste de Córdoba irão contribuir para a melhora da umidade do solo.
Porém, mais chuvas serão necessárias para dar um fim aos problemas causados pela seca no país. Além disso, o padrão de estiagem nas áreas central e sul de Buenos Aires continuarão a provocar um estresse nas plantas, principalmente de soja na Argentina.
Para Monte, esse cenário climático favorável mostra a consolidação das safras brasileira e argentina, as quais devem chegar a quase 90 milhões de toneladas e superar as 50 milhões, respectivamente. Assim, o analista acredita que, com isso, a demanda deverá trocar sua origem e deixar as compras nos Estados Unidos para se voltar para a América do Sul. “E se isso acontecer sem maiores problemas, poderia pressionar os preços em Chicago”.
No entanto, se em função de problemas logísticos os embarques ficarem comprometidos e os compradores voltarem a buscar por produtos norte-americanos, as cotações podem voltar a ficar mais sustentadas.
Ao mesmo tempo, o mercado ainda observa os fundamentos positivos, com os estoques de soja nos EUA ainda bastante apertados e o volume destinado para exportação quase todo comprometido.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
