O Brasil bateu em novembro uma marca histórica. As exportações de carne bovina brasileira atingiram US$ 6 bilhões em faturamento pela primeira vez, superando a meta prevista para 2013 a um mês do fechamento do ano. A expectativa é de que, computados os dados de dezembro, as transações superem o valor de US$ 6,5 bilhões – o que equivaleria a aproximadamente 15% de crescimento na comparação com os US$ 5,7 bi faturados em 2012. Em volume, o país já superou a marca de 1,35 milhão de toneladas destinadas a mais de 130 países.

De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, o resultado mostra a confiança dos parceiros comerciais na qualidade de inspeção dos produtos brasileiros. “O serviço sanitário brasileiro faz um trabalho exemplar, garantindo que as regras de fiscalização de alimentos produzidos no país sejam cumpridas à risca. Esse fator tem garantido segurança aos nossos compradores, que sabem que adquirem produtos de qualidade. Não à toa estamos entre os principais exportadores de carne bovina do mundo”, destacou.

Antônio Andrade ainda ressaltou a importância das negociações com o mercado russo este ano, que possibilitaram a retirada de suspensões temporárias impostas a estabelecimentos brasileiros entre 2009 e 2012.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Antônio Camardelli, um dos principais fatores para o crescimento das exportações do produto foi a ampliação da demanda de mercados como Hong Kong, que lidera o ranking anual dos mercados que mais importam carne do Brasil. “Nós também tivemos um incremento importante nas negociações efetuadas para a Venezuela e países do Oriente Médio, como Irã e Israel”, explica. De acordo com os dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil será o maior exportador de carne bovina este ano, à frente da Índia e da Austrália.

Fiscalização

A garantia da qualidade da carne brasileira passa por um rigoroso processo de inspeção feito pelos serviços sanitários oficiais. No caso do produto para exportação – também disponível para o consumidor brasileiro, a fiscalização é feita pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O SIF tem o controle da origem dos produtos. Cada animal abatido é fiscalizado por uma equipe do Mapa, composta por veterinários e auxiliares, além de profissionais contratados pela própria empresa. Em caso de detecção de irregularidades no procedimento de colocação do SIF, o processo de produção é interrompido, há a autuação do estabelecimento e a avaliação do risco para a produção, sendo retomado quando a empresa apresentar um plano de prevenção.
As vistorias nesses estabelecimentos por fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são diárias e já começam antes do início da produção. Dados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) apontam para 278 os abatedouros com SIF no país. No ano passado, os produtos de origem animal apresentaram elevados índices de conformidade (90,51%). No período, foram analisadas 75.020 amostras de produtos de origem animal, sendo que 94% apresentaram conformidade com os padrões legais vigentes.

O Serviço de Inspeção Federal atua junto a cada estabelecimento, exigindo as boas práticas de fabricação e examinando os animais, antes e após a sua morte, descartando quaisquer produtos que sejam considerados impróprios para consumo.

Fonte: Mapa

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