Os frigoríficos começaram o ano com estratégias opostas. Os frigoríficos de maior porte apontam para escalas de abate bem posicionadas, entre quatro e cinco dias úteis. Portanto, não atuam de uma maneira agressiva na compra de gado.
Por outro lado, os frigoríficos de menor porte indicam escalas de abate encurtadas, entre dois e três dias úteis. Com essa situação, os frigoríficos operam de uma maneira mais agressiva na compra de gado. Essasituação promove o distanciamento do ponto de mínima e do ponto de máxima no mercado físico.
No Norte do país percebe-se uma situação de oferta mais abundante – o que ajuda a amenizar o quadro de escassez de oferta evidenciado durante o segundo semestre e que se prolonga no início de 2015. Ressaltando que a logística é o principal entrave para uma entrada mais efetiva das carnes dessa região no restante do país. O frete é bastante elevado, o que causa maiores custos para os frigoríficos que compõem suas escalas com gado dessa região.
Ademais, conforme o boletim do Sindifrio, a oferta de bovinos gordos está mais restrita em razão das condições climáticas que prejudicam a qualidade das pastagens e retenção de bovinos pelos pecuaristas, seja pelas condições das pastagens ou por não haver animais em condição de abate. Logo, a instabilidade de preços já é sentida em diversas praças. Entretanto,a pressão das indústrias por preços menores continua ativa, inclusive com restrição às compras – fato que resulta em escalas curtas.
Essa situação deverá perdurar por algum tempo, que deverá ser suficiente para recuperação das pastagens e do estoque de bovinos emcondições de abate.
A média semanal de preços (12 a 15 de janeiro) em São Paulo foi de R$ 145,31 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço encerrou a R$ 139,80 a arroba. Em Minas Gerais, a arroba esteve em R$ 139,00. Em Goiás, a arroba ficou em R$ 140,00. Em Mato Grosso, o preço esteve a R$ 131,53.
O atacado reflete a dificuldade de compra de matéria prima pelos frigoríficos – bovinos gordos. Porém, sem explicação, a oferta no atacadoatende à demanda. Porém, o preço no atacado vem passando por alteração. Mantido esse panorama, a cotação da carne bovina tenderá a ligeiro aumento de preços com tendência à estabilidade. Porém, os frigoríficos estão pressionando para elevação dos preços no final de semana, apesar da oferta estar ajustada à demanda.
No atacado, a média semanal de preços ficou em R$ 11,80 nos cortes de traseiro e de R$ 6,70 nos cortes de dianteiro.
Fonte: Agência SAFRAS