O cenário do milho em 2013 foi marcado por recorde produtivo, preços baixos e gargalos logísticos em Mato Grosso.
De forma geral, as lavouras de milho apresentaram-se com bom desenvolvimento.
Devido à presença de chuvas favoráveis em praticamente todo o ciclo da cultura, os resultados foram favoráveis dentro da porteira.
O Estado cultivou 3,7 milhões de hectares, apresentando altas produtividades, com média de 102 sc/ha, impulsionando o recorde produtivo de milho de 22,53 milhões de toneladas.
Com essa produção, o Estado tornou-se o maior produtor nacional de milho na safra 2012/13.
O problema ocorreu fora da porteira. Devido à pressão da superoferta interna e mundial, os preços do cereal despencaram no Brasil e no mundo. O Estado encerrou o ano com média de R$13,72/sc.
As baixas cotações foram sentidas também na comercialização do produto. O ritmo das vendas antecipadas foi reduzido.
Na tentativa de sustentação do preço do cereal e a garantia de escoamento para aliviar a pressão da grande oferta, o governo realizou os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), que comercializou 8,36 milhões de toneladas de milho mato-grossense.
Outro problema registrado devido à superoferta do milho no Estado foi a falta de uma boa logística, que acabou se revelando uma grande preocupação e entrave para o mercado do milho, que sentiu o peso através da perda de competitividade.
Apesar dos entraves, a forte demanda mundial, somada à superprodução, impulsionou as exportações de Mato Grosso, que registrou os maiores volumes de embarques na safra 2012/13.
De maneira geral, os baixos preços de 2013 reduziram a margem de lucro do produtor, desestimulando a produção de milho do próximo ano.
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