Se confirmada, a abertura do mercado norte-americano para a carne bovina in natura do Brasil colocará a pecuária brasileira em um outro patamar em termos de imagem, práticas e mercado. A afirmação é de Luiz Claudio Paranhos, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), maior entidade da pecuária nacional.
“Ano após ano, a pecuária brasileira vem crescendo em qualidade e em produção. A possível exportação de carne para os Estados Unidos acelerará esse processo e torna mais tangível o objetivo de dobrar a produtividade por hectare, hoje em torno de 1 UA (unidade animal) – equivalente à produção de 250 kg de carne/ano por hectare”, ressalta Paranhos.
Além disso, o presidente da ABCZ destaca a melhoria da imagem global da carne brasileira. “A abertura norte-americana sem dúvida é um aval que qualifica a nossa pecuária”, diz. “E isso deve significar a liberação de outros mercados igualmente importantes e de alto valor agregado, como Canadá e México”.
Luiz Claudio Paranhos aguarda com otimismo o avanço das negociações, mesmo que os volumes iniciais sejam pequenos. “A inclusão dos EUA na pauta de exportações de carne bovina in natura representará um novo momento para a cadeia da carne brasileira”, entende o dirigente.