Os pecuaristas de Mato Grosso do Sul estão aproveitando a valorização da arroba do boi. Quem tem animal pronto para o abate está podendo escolher o frigorífico na hora de fechar negócio.
O rebanho que está em fase final de engorda aproveita o pasto volumoso. Na fazenda de Carlos Novaes, que fica em Campo Grande, um lote de animais está quase pronto. Por ciclo, o pecuarista faz a engorda de 500 cabeças e este ano ele tem um motivo a mais para comemorar: o preço da arroba do boi gordo, que chegou a patamares históricos no estado.
Pelas contas do pecuarista, o preço aumentou quase 25% em comparação com março do ano passado, quando ele recebia, em média, R$ 92 por arroba. Carlos trabalha há 50 anos com a pecuária de corte no estado e diz nunca ter visto valores tão altos como agora.
A diminuição do rebanho em Mato Grosso do Sul e a falta de animais prontos para o abate são fatores apontados como justificativas para a crescente valorização da arroba. Além disso, um outro motivo também colaborou para a alta nos preços.
Com as chuvas que causaram alagamentos em estados como Mato Grosso e Rondônia ficou difícil chegar com os animais até o frigorífico. Com a queda na oferta, o preço pago pela arroba subiu.
Outra fazenda, também em Campo Grande, tem à disposição mil cabeças de bovinos por ano. A engorda do rebanho é feita a pasto e no final do ciclo, os bois vão para o confinamento.
No início de março, o gerente Romildo Júnior enviou para o abate um lote de 144 animais e recebeu, em média, R$ 117 pela arroba. Nos próximos 20 dias, ele deve enviar mais um lote e espera conseguir um valor maior ainda. “Hoje já temos proposta de até R$ 120 e a tendência é subir enquanto não melhorar a situação do mercado no Norte”, diz.
Fonte: Globo Rural