As cotações internas e externas de farelo de soja estão em alta, mesmo com a boa oferta do grão nos Estados Unidos e com a perspectiva de safra volumosa na América do Sul. No mercado internacional, a valorização do farelo é resultado da maior procura externa. No Brasil, o baixo processamento interno e o aumento da demanda seguem elevando os preços do derivado. Segundo dados da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), de janeiro a setembro, foram processadas apenas 22,3 milhões de toneladas de soja em grão no Brasil, ainda o menor volume desde 2006. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário indica que os preços do grão e do farelo podem seguir firmes no mercado interno até pelo menos a entrada da nova safra. Em relação aos preços da soja, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) ficou estável entre 22 e 29 de novembro, a R$ 77,25/saca de 60 kg na sexta-feira, 29 – ainda o maior patamar desde 24 de setembro de 2012. Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, o Indicador fechou a US$ 33,07/sc de 60 kg na sexta-feira, recuo de 2,2% se comparado à sexta anterior.